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Desacelerar...

  • Foto do escritor: Victor Araujo
    Victor Araujo
  • 23 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jun. de 2020

Minha percepção sobre o quanto estava na hora de desacelerar.


Apesar de todo tempo livre demorei a aceitar a pausa forçada.

Depois veio a culpa por estar em um ócio desprogramado e desconhecido.

Logo depois veio as redes sociais impondo um faça isso e aquilo, te enchendo de atividades que supostamente todos deveriam fazer. Você faz, mas não eh o que te complementa. Não te traz paz.

Em um único dia comecei a experimentar as mais diversas situações: medo, raiva, melancolia, alegria, impulso criativo, culpa...

Então eu entendi que precisava aprender a entender todas essas emoções e o mais importante: sem auto julgamento.

Tipo, entender que é Importante sentir todas as emoções mas não deixá-las comandar. Não significa afastar as emoções ruins mas apenas ficar com as emoções de forma aberta e gentil. As chances das emoções passarem rápido quando não ficamos presos a entender o pq estamos sentindo, são muito maiores.

Foi aí que iniciei o processo de DESACELERAR, a pegar leve comigo.

Perdemos a rotina, e também a falsa sensação de que temos controle sobre a vida.

Entender e aceitar a situação é entender o propósito disso tudo.

Eu me vi confinado na oportunidade, talvez única, de refletir o que realmente eh essencial para mim. Nesse momento de recolher ao nosso interior de forma literal, várias constatações me ocorreram como por exemplo, o quanto vivemos para coisas externas, do mundo? Para acumular coisas materiais? O quanto vivemos por um ideal de performance pra colecionar views em um mundo que é uma vitrine global de rostos bonitos, corpos sarados, casais apaixonados, férias perfeitas, pessoas bem sucedidas? O quanto vivemos pra atingir objetivos que não me preenchem mas só me impulsionam para o próximo objetivo, e o que vem depois deles o depois e depois?

O quanto vivemos buscando o que não temos, alheios a abundâncias do que temos?

Nesse momento em que minha vida cabe nas 4 paredes do meu apto, o que não falta são motivos para refletir sobre o que eh essencial pra mim e quem eu sou e o quanto posso ter me perdido por não ter tempo de me observar.

Se pudesse dar uma dica seria: Faça isso também, aproveite esse tempo isolado e comece a conhecer a mais genuína das liberdades: a interior.


 
 
 

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